segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Criação da Freguesia de Linda-a-Velha

A Assembleia da República, no uso da competência conferida pela alínea n) do art.º 167 da Constituição da República Portuguesa, em reunião plenária de 27 de Maio de 1993, criou a Freguesia de Linda-a-Velha, no Concelho de Oeiras, mediante a aprovação da Decreto-lei n.º 17 – F/93, publicada no Diário da República, I série A, n.º 135 – 2ª série, de 11 de Junho de 1993. Para firmeza do que foi passado um diploma assinado e selado com selo das armas da República. O Presidente da Assembleia da República, António Moreira Barbosa de Melo.



MOV Linda-a-Velha

Elevação a Vila da Localidade de Linda-a-Velha

A Assembleia da República usando a faculdade exclusiva que lhe é conferida pela alínea n) do artigo 167º da Constituição da República Portuguesa, deliberou em reunião plenária de 20 de Junho de 1991, elevar a Vila a localidade de Linda-a-Velha. O qual consta do Diário da Assembleia da República, I série, n.º 96 de 21 de Junho de 1991 e foi publicado como Decreto-lei n.º 88/91 de 16 de Agosto de 1991. Sendo Presidente da Assembleia da República, Vítor Pereira Crespo.



MOV Linda-a-Velha

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

História da Freguesia de Linda-a-Velha

A “Herdade da Ninha de Ribamar” é referida numa carta de concessão emitida no Reinado de D. Afonso III, no século XIII, ano de 1254.

No Reinado de D. Dinis foi esta Herdade doada a um dos seus leais servidores como prémio pelos serviços prestados.
Nos séculos XVII e XVIII esta Herdade começou a ser designada de Casal Grande e Quinta do Casal Grande de Ninha e/ou Linha Velha, sendo esta última designação que parece estar nas origens do topónimo de Linda-a-Velha, segundo surge, pela primeira vez, em documentos do século XIX.
No ano de 1750 foi esta Herdade doada a Alexandre de Gusmão, Secretário Particular do Rei D. João V, que ali construiu um Solar. Tendo morrido no ano de 1753, supõe-se que nem sequer chegou a habitá-lo.
Assim, de herdeiro em herdeiro, de família em família o Solar acabou nas mãos dos Senhores Viscondes de Rio Seco.
Em pleno século XX, na década de sessenta, este Solar foi adquirido pelo Sr. Dr. Mário Júlio da Cunha Gonçalves.
Seguindo-se uma restauração profunda, modernizou o Solar, mantendo, contudo, grande parte dos alicerces e a lindíssima Capela em Honra de Nossa Senhora do Rosário que conserva ainda o majestoso altar de madeira policromada da segunda metade do século XVIII. Este é o actual Palácio dos Aciprestes, o nosso ex-libris de que todos nos orgulhamos.

Linda-a-Velha é uma povoação bastante antiga, supõe-se que com mais de 750 anos, localizada num lugar alto, o que a enobrece, com uma vasta panorâmica do mar e da Serra de Carnaxide onde se vislumbram vestígios de um vulcão.
Linda-a-Velha é uma terra que tem história, proto-história e até pré-história. No início do século XVIII Linda-a-Velha possuía cerca de 25 habitações e algumas quintas e casais que produziam o suficiente para abastecer a cidade de Lisboa com produtos hortícolas, boas frutas, animais de criação e até caça.
Linda-a-Velha, antiga Freguesia de São Romão de Carnaxide e do Distrito de Lisboa é um planalto de altitude média de 100 metros onde o ar puro corre livre e sadio, onde os doentes do físico procuravam a cura e os sãos de bom gosto e pouco dinheiro procuravam viver.
 
Tinha distribuição de correio de porta a porta (também não eram assim tantas), Farmácia, uma Fábrica de Camisas de Camisaria Moderna que funcionava sob a orientação de José Pereira da Costa, cujo nome consta do seu topónimo, salão dançante e de representação (o velho Grémio) já na altura com palco rotativo e mais tarde a Academia Recreativa.
À entrada da povoação na meia laranja (inexistente) a bela Quinta dos Aciprestes.
À esquerda, e um pouco adiante existe a Capela de Nossa Senhora do Cabo com o seu adro, mandada construir pelo povo no ano de 1780 após peditório público, a partir de uma pequena ermida construída no ano de 1763 pelo Padre António Xavier Ligeiro daqui natural e que, nos finais de vida, voltou à terra doente e aqui morreu nesse ano de 1763.
 
Do outro lado da estrada, e como continuação do adro, há uma praça com o seu Coreto em alvenaria construído no ano de 1876, fruto de peditório, tendo sido oferecido pelo almirante Policarpo de Azevedo filho do 3º Visconde de Rio Seco, então residente no velho Solar dos Aciprestes.
É ainda de referir o velho Chafariz construído no ano de 1821, no sítio onde havia uma pequena bica. A mina tem 80 palmos e o encanamento 200, tendo a obra importada em 2.655,590 reis, conforme refere Velhoso de Andrade na sua memória sobre Chafarizes de 1851.
Não era este Chafariz a única fonte de abastecimento de água do povo pois havia mais dois poços públicos, poços cobertos com bomba na Estrada do Carrascal (actual Avª 25 de Abril de 1974).
O Chafariz seria mais para os animais se dessedentarem. Era normal nos finais dos dias verem-se ali os ovinos e os bovinos a beber água, animais que pertenciam aos grandes lavradores desta terra. Depois era também este Chafariz que servia de abastecimento de água aos diversos tanques de lavagem de roupa… e quantas histórias ali foram vividas!
O Era assim Linda-a-Velha antes do ano de 1955 em que a construção surgiu de todos os cantos possíveis e imaginários. É o progresso!
A aldeola pitoresca, pacata e de ar sadio deu lugar à linda Vila de Linda-a-Velha.

MOV Linda-a-Velha

A Lenda de Linda-a-Velha...

Segundo “Lendas Portuguesas” - Investigação recolha e texto de Fernanda Frazão, Amigos do Livro Editores, Lda. Anos 70/80, Transcrevemos a Lenda de Linda-a-Velha:

« Naquela tempo recuado, num ponto elevado das vizinhanças de Lisboa, existia um pequeno castelo com uma bela torre, à volta do qual se desenvolveu uma povoação. Num varandim da torre, virado ao rio, costumava sentar-se pela tarde uma velhinha de cabelos branquíssimos e rosto entranhadamente limpo de rugas, como se o tempo só lhe tivesse passado pelo corpo e a alma tivesse ficado incólume e esquecida noutras épocas.

As raparigas da povoação, quando calhava por ali passarem, ficavam extasiadas ante aquela beleza calma que dia a dia viam olhando longamente o estuário do Tejo como quem espera, esperando sempre o que já se não espera voltar a ver. Mas a velhinha sorria, sorria, como quem sorri para alguém que ama e está presente ainda que ausente. E as raparigas olhavam a torre e a velha e diziam:

- Como é bonita a velha!

- Linda a velha!

Curiosas, as raparigas interrogavam-se muitas vezes sobre a vida que teria vivido a velhinha da torre e imaginavam mil e umas vidas, que a castelã nunca vivera. Certa tarde em que se entretinham neste passatempo, passou por ali uma anciã da aldeia e ouviu a conversa das raparigas. Enquanto descansava sentada numa pedra foi ouvindo as divagações das mossas e, a certa altura, não se teve que não as interrompesse:

- A vida dela, minhas filhas, não foi o que estais para aí imaginando.

- Então a tiazinha conhece a história da castelã?

- Claro que conheço. E qualquer outra pessoa do meu tempo a conhece também.

- Então conte, por favor, conte!

Enquanto a tarde ia caindo docemente sobre os campos e reflectindo no rio e no mar cores miríficas e inimagináveis, a velha começou a contar:

- Quando eu era nova, e ela também, eu trabalhava nas cozinhas do castelo. A senhora era então uma bela rapariga de cabelos muito negros que toucava de véu e jóias. Nessa altura, o castelo era um corrupio de gentes, especialmente cavaleiros e jograis, jovens e velhos, que vinham cortejar a minha senhora. Mas ela, que a todos sorria delicadamente, recebia as homenagens que lhe prestavam corando, e sempre que podia escapava-se para os seus quartos, na torre, porque era ciosa de si e no fundo aborrecia-a tudo aquilo, talvez por não gostar de ninguém.

As paredes deste passo, meninas, viram mais moços fidalgos que castelo de rei e ouviram mais cantares ao luar que moura de história já cantou em noites de São João.”

“Acho que estes cantares e as homenagens dos fidalgos agradavam à minha senhora. Muitas vezes a vi sorrir, sem que dessem por ela. Mas era só à vaidade que aquilo agradava porque nunca ela cortejou ninguém, até que

A velha fez uma pausa quem sabe para se recordar os pormenores da história. Fechou os olhos por uns segundos e apareceu às raparigas que aqueles olhos estavam fechados à uma eternidade, tal a tenção e curiosidade com que seguiam a narração:

- Então, tiazinha, e depois! Não vá adormecer agora! O resto, o resto! …

- Calma, minhas filhas! Estou velha e a memória das coisas escapa-me. Vamos lá a ver se me recordo bem.

- A tiazinha está é a meter-se connosco! Não há direito de nos fazer sofrer! Conte, Conte!



Até que um dia apareceu um moço fidalgo. Chegou num alazão e trazia às costas uma viola. Ela recebeu-o como os outros, mas para ela, ele não foi mais como os outros, «Reparei, a hora da ceia quando servi os fidalgos um faisão recheado de nozes, que os olhos da minha senhora viram os do fidalgo, que, na ponta da mesa (por ser mais novo que os outros e recém chegado), se esquecera até da taça de vinho que tinha na mão. Não se falaram, nem uma palavra de cortesia sequer, mas que os olhos da minha senhora ficaram brandos e brilhantes.

«Pela noite estava já o paço descansado, ouvi um tanger de viola, tão lindo, tão suave como nunca ouvira antes nenhum. Enquanto o moço começava uma balada cheia de uma dor qualquer, vesti-me e saí a espreitar.

«Espreitar. Viu-o a ele, ali debaixo daquela árvore que fica em frente da varanda, de pé, olhando o mar. E via-a a ela, que nunca vinha à janela fosse quem fosse que cantava. Quando a música acabou falaram-se: ela do balcão; ele, ali debaixo. Tive vergonha de estar à espreita, e medo de ser vista e apanhada.

Voltei para dentro e deitei-me a dormir porque o meu dia não era como o dos fidalgos e ao alvorecer já eu tinha de acender o lume da cozinha, arear os tachos de cobre, amassar o pão e muitas vezes carregar a lenha ou ir apanhar a fruta ao pomar. Bem vêm, eu era a mais nova na cozinha e faziam de mim gato – sapato. Depois…

- Ora, tiazinha, isso não interessa! Conte mas é o resto da história da velhinha do castelo!

- Vá lá a gente querer contar alguma coisa da nossa vida!... Já nem os pobres querem saber da vida dos pobres! Mas, então vá lá, ouvi o resto…

«Estava eu contando da serenata do moço… Pois a minha senhora apaixonou-se pelo fidalgo, que ele já o estava por ela. Presos um no outro, nem deram por que os outros convidados, ao verem aquela paixão, iam saindo do castelo, desenganados, definitivamente.

«Acontece que nessa, altura, o Papa e el-Rei pregaram uma cruzada e chamaram os fidalgos. E Também o cavaleiro-trovador teve de se preparar para partir para além-mar, para a Palestina, a combater os infiéis.

«Caiu então sobre o castelo uma névoa de tristeza.

Muitas vezes vi lágrimas brilhando teimosas no canto dos olhos da minha senhora. Uma noite, que foi a última, ouvi uma serenata do cavaleiro, mais doce e triste que nenhuma outra, cheia de dor de partida tão grande que até a mim magoou o coração. E nunca mais o vi.

No dia seguinte, a minha senhora, logo pela manhã, subiu à varanda da torre, donde se vê a praia e o mar. Todo o dia lá ficou. Quando subi a levar um caldinho – que ela nem tocou! -, Olhei para as bandas do rio e vi os barcos que se aprestavam para partir, os batéis que iam e vinham coloridos de cavaleiros e pajens, cheios de provisões, as barcaças que transportavam os cavalos de guerra até às naus engalanadas de festa.

À tarde, eu quis ir ver a partida. Quando saí do paço vi a minha senhora lá no alto da torre olhando as velas que no mar já enfunavam de vento. Corri o mais que pude para não perder a partida – eu era nova, então, e as pernas obedeciam à minha vontade. Cheguei ainda a tempo de me juntar ao povo que na praia agitava os chapéus aios que partiam. E imaginei no alto da torre um lenço branco ondulando na brisa que levava os barcos rio abaixo, rio adiante, mar sem fim, até ficar embebido, como as velas, no sal do mar, no sal do corpo.

Quando retomei ao paço, a minha senhora rezava na capela. Dias e dias rezou ajoelhada na laje fria, até que a certa altura voltou à torre. Dali olhava o mar esperando uma vela branca não mais voltou…

«Soube-se, mais tarde, no Reino, que ao atravessar as longínquas Colunas de Hércules uma tempestade terrível fez naufragar o navio em que partira na esperança de voltar o cavaleiro-trovador. Ninguém ousou dizer-lho a ela, mas creio que o adivinhou na própria hora da desgraça põe essa estranha maneira de comunicar que têm os seres que se amam.

«Correram-lhe as lágrimas a fio, durante muito tempo. Depois secaram e o cabelo embranqueceu-lhe. Eu casei e saí do castelo porque o meu homem precisava de mim na horta. No entanto, nunca deixei de ver a minha senhora porque ela não mas largou a sua torre e a varanda sobre o rio.

«Hoje já não espera o seu trovador. Espera o tempo, o seu tempo, como eu espero o meu…

A velha calou-se. Fez-se um silêncio quem sabe se de respeito. Se de nostalgia, se de uma certa saudade de um amor assim, que se não teve e desejava ter tido.

A velha levantou-se por fim e partiu para casa porque a noite já ali estava roçando o seu manto pelos corpos recostados nas árvores. Levantaram-se as moças também, em silêncio.

Mais uma vez olharam a doce velha que na torre do castelo já mal se via e uma delas murmurou:

- Linda a velha!

O tempo que a linda velhinha esperava chegou por fim. E veio outro mais longo que derrubou os muros do velho paço e da sua torre. Mas este longo tempo que chegou poupou a povoação, de que não conheço o nome antigo, mas que a lenda chama, ainda hoje, Linda-a-Velha.

MOV Linda-a-Velha

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Apresentação Pública do Movimento Oeiras Vive - MOV

Teve lugar no passado dia 22-06-2011 às 16:30 horas, quarta-feira, no Salão Nobre da Faculdade de Motricidade Humana (FMH) na Freguesia da Cruz Quebrada-Dafundo a apresentação pública do Movimento Independente, MOVOEIRAS - MOVIMENTO OEIRAS VIVE.

A Abertura da Sessão começou com um pequeno filme introdutório de apresentação dos Coordenadores dos grupos de trabalho de todas as Juntas de Freguesia do Concelho de Oeiras.

Foram Oradores da Sessão o Presidente da FMH Professor Doutor Carlos Neto, a Doutora Catalina Pestana e coube ao Doutor Paulo Freitas do Amaral o encerrar da Sessão de apresentação do Movimento com a Carta de Intenção do Movimento e respetivo Manifesto. 

 
(Links de vários órgãos da comunicação social sobre a apresentação do Movimento)









MOV Linda-a-Velha

MOV (Movimento Oeiras Vive) - Contexto

Segundo dados de um estudo recente da Eurosondagem, 77% dos portugueses não se revê nos actuais partidos políticos nem acredita na política partidária. 73% de entre estes cépticos considera que a política partidária se move por interesses particulares e não por interesses nacionais, e 80% entende que deveria ser possível a candidatura de independentes nas legislativas.
Nas eleições presidenciais de 2011 a abstenção atingiu o valor recorde de 53,48% e nas legislativas de 2009 chegou aos 40,26%. Em paralelo, Portugal soma cerca de 668 mil desempregados, contando quem não se deslocou aos centros de emprego para inquérito e que, por isso, foi catalogado como inactivo. É este o número que melhor mede as consequências sociais da crise económica e financeira em Portugal.
200 mil dos desempregados têm menos de 34 anos - um terço dos quais licenciados, segundo números oficiais. 1,5 Milhão está em situação precária ou intermitente, sem protecção social e em situação de precariedade. 500 Euros é o ordenado médio desta geração, independentemente do mérito, da experiência ou das habilitações académicas. Mas a precariedade é transversal a várias gerações. Entre os mais velhos, um processo de desemprego significa ser novo demais para deixar o emprego e velho demais para voltar ao circuito do mercado de trabalho. Contudo, o problema não passa apenas pela falta de emprego, mas pela exploração determinada da força de trabalho; dos trabalhadores.
Cada vez menos os portugueses se revêem no actual modelo político, assente nos partidos e nos políticos de carreira - um modelo caduco com mais de 200 anos, herdado da revolução francesa. A representatividade está em risco e a desesperança no futuro angustia as pessoas tanto ou mais do que as dificuldades quotidianas e tangíveis que hoje atravessam. A contaminação desta falta de fé, juntamente com o desemprego em massa e a precariedade, alimentam mais o medo do que a vontade de lutar.
O sentimento generalizado de que o sistema político vigente está falido ganha consubstanciação entre a população, que não se revê nem nos governantes nem na oposição. O voto perde significado e a classe política apresenta-se muitas vezes desligada da realidade do crescente eleitorado descontente. Nisto, a Segunda República Portuguesa continua a apresentar, em 37 anos, os mesmos intervenientes políticos desde o 25 de Abril de 1974, num País estrangulado numa geração – a melhor preparada de sempre - sem perspectivas de mobilidade social, de ascensão de carreira, de melhoria salarial e sequer de emprego. 
A gestão do ensino e da formação são movidos por interesses descontextualizados do mercado de trabalho. Muitas empresas vivem dos estagiários, sem intenção de contratar, e o Estado não dá o exemplo. Uma sociedade que desperdiça a sua geração qualificada em troca de ganhos a curto prazo põe em causa o futuro, mas é neste viciado e difícil contexto que grassa também, entre a dita geração, a indignação e uma nova vaga de intervencionismo político com prioridades opostas - por vezes antagónicas - àquelas que vêm sendo aplicadas. Com uma agenda fracturante quanto às políticas levadas a cabo no passado, constata-se, País fora, uma nova tomada de consciência: já não basta ao povo estar desperto e discutir as soluções que outros formulam para os seus problemas – há que partir da sociedade civil para o combate político, sob a forma de movimentos cívicos organizados local e regionalmente.  
É por isso que nós, cidadãos que lutam por um Portugal honesto, justo e mais participativo, percebendo não haver alternativa senão intervir politicamente, da e para a sociedade civil, das e pelas pessoas, e renunciando a interesses outros que não os da população, nos propomos jogar o jogo político, ganhá-lo e então mudá-lo. Por dentro. 

                                                                                                           Fevereiro de 2011

Carta de Intenções

A Carta de Intenções do movimento cívico MOV traça as suas principais linhas de actuação.


1. O MOV é um movimento cívico com génese na freguesia de Cruz Quebrada-Dafundo em Junho de 2010 e visa contribuir, através da intervenção cívica, para o aprofundamento da democracia participativa inscrita no artigo 2.º da Constituição da República, para a renovação geral da vida democrática no concelho de Oeiras e para o cumprimento das metas morais e sociais da Constituição. Consideram-se essenciais os direitos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, nomeadamente a liberdade de expressão, de associação e a abolição de todas as discriminações, entre as quais as que tenham como base sexo, etnia, cor, religião ou orientação sexual.

2. O MOV defende a igualdade de oportunidades, por uma sociedade justa, regulada pelo mérito, onde todos possam exercer livremente os seus talentos e desenvolver o seu potencial, livres de coerção, num ambiente solidário e de respeito entre indivíduos.

3. O MOV é um movimento independente, transversal e aberto a filiados ou não filiados em partidos políticos.

4. O MOV não pretende constituir-se em partido político. É um espaço de cidadania do qual poderão beneficiar as instituições democráticas.

5. O MOV promoverá debates sobre temas relevantes de âmbito local, regional e nacional, e dinamizará a realização de petições, acções populares e iniciativas legislativas de cidadãos, com vista à concretização dos seus objectivos.

6. O MOV propõe-se projectar as suas actividades e iniciativas no espaço público da cidadania, incluindo os meios de comunicação social e, muito especialmente, as novas tecnologias de informação.

7. O MOV aceita a adesão individual e voluntária de cidadãs e cidadãos que concordem com os seus objectivos e princípios.

8. O MOV organiza-se em rede através de núcleos encabeçados por coordenadores. Os grupos de trabalho, ou núcleos, são constituídos por cidadãs e cidadãos que voluntariamente os constituam tendo em vista a participação e a promoção de iniciativas que se enquadrem nos objectivos do movimento.

9. As actividades de coordenação do MOV são desenvolvidas por uma Comissão Coordenadora constituída voluntariamente por membros do movimento.

10. O MOV defende a total transparência do hipotético financiamento das suas actividades como garantia de independência e integridade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem Somos ?

O que é o MOV – Movimento Oeiras Vive



O movimento cívico MOV foi criado em Junho de 2010 na freguesia de Cruz Quebrada-Dafundo, então sob o nome Manifesto XXI, por um conjunto de munícipes do concelho de Oeiras com o propósito de, num espaço de discussão e acção aberto, dinâmico e moderno, promover o aprofundamento da democracia participativa em Oeiras, traduzindo ideias e conceitos em acções concretas no âmbito social; ultrapassando crises de representação política e fomentando a inclusão na cidadania activa e participativa.


O MOV é, pois, um movimento independente, transversal e aberto a filiados ou não filiados em partidos políticos, desenvolvendo propostas e consequentes acções para o aperfeiçoamento da cidadania e para o revigoramento da sociedade civil, contribuindo activamente para a qualificação da democracia e assumindo-se como campo de florescimento de novas ideias progressistas, sem receio da utopia e com recurso às novas tecnologias de informação (NTI’s) e às redes sociais na sua gestão organizacional.


Na visão do MOV, o futuro não pode desenhar-se sem as NTI’s como pressuposto ignescente da implementação de um sistema político mais democrático e interventivo, potenciando propostas e iniciativas, e permitindo a criação de equipas de trabalho orientadas em rede e com celeridade. A sociedade civil organizada do novo milénio já é uma sociedade de redes organizacionais, de redes inter-organizacionais e de redes de movimentos e de formação de parcerias, abrindo novos espaços de gestão para a cidadania. É essa, aliás, a nova utopia do activismo: o envolvimento comprometido com causas sociais e o empenhamento no combate à exclusão e à discriminação, agindo onde a acção é notoriamente mais necessária.

A estrutura criada poderá ser utilizada para o desenvolvimento de acções cívicas que compreendam o básico bem-estar da população – desde medidas de preservação do ambiente à angariação de bens de consumo e utilitários pelos membros do movimento. Embora de vocação concelhia, o MOV enceta a sua acção na freguesia de Cruz Quebrada-Dafundo, donde alargará o seu âmbito para as freguesias adstritas.

É neste enquadramento que dezenas de quadros médios e superiores já aderiram ao movimento perante a inépcia de partidos políticos e entidades públicas e privadas em captá-los e motivá-los para a discussão política, não tirando proveito do seu voluntarismo para a acção social e cívica.

Porque é possível fazer-se política de forma diferente, mais directa e construtiva, o MOV não pretende apenas protestar, reivindicar ou propor, mas executar actividades que resultem da planificação dos seus membros, levada a cabo em reuniões nas quais os participantes são integrados em grupos de acção específicos, em conformidade geográfica.

Com uma agenda fracturante quanto às políticas levadas a cabo no passado, constata-se, País fora, uma nova tomada de consciência: já não basta ao povo estar desperto e discutir as soluções que outros formulam para os seus problemas – há que partir da sociedade civil para o combate político, sob a forma de movimentos cívicos organizados local e regionalmente.  

É por isso que nós, cidadãos que lutam por um Portugal honesto, justo e mais participativo, percebendo não haver alternativa senão intervir politicamente, da e para a sociedade civil, das e pelas pessoas, e renunciando a interesses outros que não os da população, nos propomos jogar o jogo político, ganhá-lo e então mudá-lo.

Este é o referencial MOV, constatando a crise de credibilidade que políticos e actividade política atravessam. As acções praticam-se; não se recomendam. É exigido exemplo, mais do que discurso.

Assim, e alicerçado nos valores da democracia, da fraternidade, da solidariedade e da cooperação, o MOV constitui-se em torno dos projectos de um programa que está em contínuo processo de construção. As opções e as iniciativas do movimento são resultado directo de expectativas e anseios dos cidadãos que o integram, assim dando-lhes resposta, espaço e corpo num processo de renovação também de práticas políticas, sem dúvida orientadas para uma sociedade mais justa, regulada pelo mérito, onde as pessoas possam desenvolver todo o seu potencial e exercer os seus talentos.

Por isto, este grupo, composto por um número considerável de jovens quadros com experiência profissional, académica e política, conhecedores da gestão da coisa privada e da coisa pública, e crentes na mudança de paradigma presente e, sobretudo, futuro, enunciam esta carta na convicção de que o País precisa, acima de tudo, de quem pode, sabe e quer fazer; de uma abordagem fresca que não teme questionar o statu quo vigente.

O MOV tem uma Carta de Intenções aprovada no dia 24 de Maio de 2011 e reger-se-á pelos seus Estatutos. O MOV convida todas as cidadãs e cidadãos que se revejam nos seus princípios a participar nas suas reuniões e actividades, invocando o envolvimento de voluntários em nome individual ou colectivo.